Uma investigação concluída pela Polícia Civil nesta sexta-feira (11) levou ao indiciamento de um homem de 37 anos, identificado como Edson Lourenço, pelo crime de estupro. Ele se apresentava como personal trainer, mesmo sem ter formação ou registro profissional, e teria feito pelo menos três vítimas.
Tudo começou após mulheres divulgarem, em uma rede social, que haviam sido vítimas de abusos sexuais cometidos pelo suspeito. As denúncias foram levadas à Delegacia da Mulher e, depois, encaminhadas à Delegacia de Crimes Cibernéticos, por se tratarem de relatos feitos pela internet.
Segundo os depoimentos, o homem oferecia acompanhamento físico e aplicação de anabolizantes. Dessa forma, se aproximava das mulheres e as convencia a ter relações sexuais contra a vontade delas. Outras dez mulheres também foram abordadas por ele, mas conseguiram evitar os abusos.
Em fevereiro deste ano, a polícia prendeu o acusado em flagrante. Na casa dele, foram encontrados diversos frascos de anabolizantes e seringas sem autorização da Anvisa, o que também gerou uma acusação por crime contra a saúde pública.
O delegado responsável pelo caso, Eduardo Patrício, afirmou que havia um padrão na forma de atuação do suspeito. Com base em depoimentos e provas, o inquérito foi finalizado e o indiciamento formalizado. Se condenado, o homem pode pegar entre 28 e 45 anos de prisão.
Versão da defesa
Os advogados de Edson Lourenço alegam que os atos sexuais foram consensuais, sem qualquer tipo de violência ou coação. Segundo eles, as mulheres mantinham contato frequente, o recebiam em casa e frequentavam a casa dele espontaneamente, além de continuaram se comunicando após os encontros. A defesa afirma possuir registros de conversas no WhatsApp e fotos íntimas enviadas voluntariamente pelas supostas vítimas.
Em um dos casos, segundo a defesa, a mulher exigiu dinheiro após o ato sexual, alegando ser profissional do sexo, informação até então, desconhecida pelo investigado. Como ele se recusou a pagar, teria sido ameaçado e denunciado falsamente. O celular do indiciado está sob perícia, e os advogados afirmam confiar que o laudo trará provas da inocência dele.